Bolsonaro: Petrobras sabe o que fazer para combustível não encarecer
Presidente disse que lucro da estatal poderia ser diminuído durante conflito no Leste Europeu para Brasil não sofrer com elevação nos preços
O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta quinta-feira (3/3) que a Petrobras sabe o que fazer para que o preço dos combustíveis não dispare em território brasileiro, mesmo em meio à crise no Leste Europeu, devido à guerra entre a Rússia e a Ucrânia.
“Esse [preço dos combustíveis] é outro assunto que a gente está tratando aqui, porque eu não tenho como interferir aqui, nem vou interferir na Petrobras. Agora, a Petrobras, por sua vez, sabe da sua responsabilidade e sabe o que tem que fazer para colaborar para que o preço dos combustíveis aqui dentro não dispare. A Petrobras tem gente competente para isso, tem seu quadro de diretores, tem seu presidente, e sabe o que fazer”, disse o chefe do Executivo federal durante transmissão ao vivo nas redes sociais.
Segundo o presidente, o lucro da petroleira poderia ser diminuído diante da crise mundial para o país “não sofrer muito” com a elevação dos preços dos combustíveis. Na semana passada, a Petrobras informou que registrou lucro líquido recorde de R$ 106,6 bilhões em 2021. Em 2020, a estatal reportou ganhos de R$ 31,504 bilhões, o que representa um avanço anual de 1.400,7%.
Em função do conflito entre Rússia e Ucrânia, o preço do barril de petróleo vem registrando alta. O preço do Brent (barril de referência global) foi cotado a US$ 119,84 nesta quinta, renovando a máxima desde 2008. O aumento expressivo foi desencadeado pelas sanções sofridas pelas empresas petrolíferas russas, além dos temores de desabastecimento provocados pela guerra.
“Posição de equilíbrio”
Durante a live desta quinta, o presidente ainda voltou a falar sobre o conflito no Leste Europeu. Novamente, ele manteve o posicionamento de não fazer críticas abertas à guerra entre a Rússia e a Ucrânia e reforçou que o Brasil continua tendo uma “posição de equilíbrio” sobre a situação.
Os ataques russos aos ucranianos entraram no oitavo dia, numa ofensiva militar que já é considerada a maior registrada na Europa desde o final da Segunda Guerra Mundial.