Cantor e compositor Erasmo Carlos morre aos 81 anos

Cantor e compositor Erasmo Carlos morre aos 81 anos
FOTO: GUTO COSTA/DIVULGAÇÃO

Artista estava internado em um hospital do Rio de Janeiro desde segunda-feira (21)

O cantor e compositor Erasmo Carlos, "o Tremendão", morreu nesta terça-feira (22) em um hospital no Rio de Janeiro, onde estava internado desde segunda-feira (21). A causa da morte não foi revelada.

No início do mês, ele teve alta depois de duas semanas internado no mesmo hospital por conta de uma síndrome edemigênica.

A doença acontece quando o corpo tem um desequilíbrio nas forças bioquímicas que são responsáveis pelo equilíbrio dos líquidos dos vasos sanguíneos. Geralmente, ela é causada por problemas cardíacos e renais.

No final de outubro, uma notícia falsa que o cantor havia falecido chegou a circular, mas foi negada pela equipe do artista e o hospital, onde ele ainda estava internado. Na época, a unidade afirmou que ele tinha um quadro delicado, mas estável. Dias depois o artista teve alta.

Erasmo Carlos ficou internado com covid-19 por mais de uma semana em 2021. Ele havia tomado a vacina. A internação, no entanto, foi apenas como medida de precaução.

Há três dias, o cantor havia ganhado um Latin Grammy na categoria "álbum de rock ou música alternativa em língua portuguesa" pelo trabalho "O futuro pertence à jovem guarda".

Vida e carreira

Nascido Erasmo Esteves, em 1941, o artista carioca foi um dos pioneiros do rock brasileiro. Quando jovem, viveu o Rock N'Roll junto a Tim Maia e Jorge Ben Jor e ficou famoso por suas parcerias com o cantor Roberto Carlos.

Participou efetivamente junto com Roberto Carlos e com Wanderléa do programa Jovem Guarda onde tinha o apelido de Tremendão, imitando as roupas e o estilo de seu ídolo Elvis Presley. Seus maiores sucessos como cantor nessa fase foram "Gatinha Manhosa" e "Festa de Arromba".

No cinema, estreou em Minha Sogra É da Polícia (1958), dirigido pelo amigo Aloisio T. de Carvalho. Se destacou como ator em Os Machões (1972), longa no qual atua ao lado de Reginaldo Faria e Flávio Migliaccio.

Chegou a ser premiado como Melhor Ator Coadjuvante pela Associação Paulista de Críticos de Arte. Erasmo também atuou em O Cavalinho Azul (1984) e Paraíso Perdido (2018), além de contribuir com depoimentos em diversos documentários.