Começa nesta sexta-feira (1) greve que pode interromper o PIX
Gabriela Penha
A greve dos servidores pode interromper, parcial ou totalmente, os serviços do PIX. A categoria cobra reajuste de salário.
O Sindicato Nacional de Funcionários do Banco Central (Sinal) ameaça interromper o PIX. É uma das medidas que podem ser adotadas pela categoria com a greve prevista para 1º de abril. A paralisação deve contar com a adesão de 90% dos servidores públicos.
Os funcionários cobram um reajuste no salário de 19,9%. De acordo com a categoria, se técnicos e analistas do Banco Central não estiverem na Medida Provisória que reajusta os salários dos policiais, a paralisação pode comprometer ainda mais serviços.
Greve dos servidores
O sindicato dos servidores do Banco Central disse que votou a pauta em uma assembleia com mais de 1.500 funcionários. Do total, 90% foram a favor da greve por tempo indeterminado.
De acordo com os servidores, a categoria tentou algumas negociações com o Banco Central, mas sem qualquer avanço ou tentativa de atender os pedidos da categoria. De acordo com os funcionários, o BC não fez nenhuma proposta oficial.
Com isso, a decisão foi pela paralisação a partir do dia 1º de abril. Entre os serviços que podem ser interrompidos está o PIX. Outras medidas podem prejudicar também a distribuição de moedas e cédulas.
Na justificativa do sindicato, a greve dos servidores vai cumprir com a lei e manter os serviços essenciais. Porém, o PIX e outras atividades não entram na lista e, por isso, podem ser interrompidos de forma parcial ou total. Fato é que a falta do PIX pode prejudicar inúmeros brasileiros que usam o serviço todos os dias.
Na tentativa de negociação, os servidores já fizeram várias paralisações pontuais. E alguns serviços já ficaram prejudicados, como a coleta e divulgação dos indicadores e dados financeiros.
Dessa forma, sem avanço, a categoria marcou a data: a greve dos servidores começa nesta sexta-feira, 1º de abril, por tempo indeterminado. Enquanto isso, os profissionais cobram um posicionamento do governo e do Banco Central diante do pedido de reajuste de salário.