EM MEMÓRIA DE MAGUITO, EM DEFESA DO POVO DE APARECIDA: Projeto de Lei de Paulo Cezar Martins propõe mudar o nome de Aparecida para autenticar sua identidade
Esta semana voltou ao debate público o Projeto de Lei Nº 1950/22, matéria do deputado estadual Paulo Cezar Martins, apresentada na Assembleia Legislativa de Goiás, que pretende alterar o nome do município de “Aparecida de Goiânia”, criado pela Lei nº 4.927, de 14 de novembro de 1963, para “Aparecida”, pura e simplesmente. O deputado estadual Paulo Cezar Martins tem se mostrado fiel ao compromisso que fizera com o ex-governador de Goiás e ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela, para valorizar a identidade urbana de Aparecida. E, mais do que isso, tem sinalizado para o povo de Aparecida que o legado de Maguito no município tem assento na Assembleia Legislativa com essa e outras medidas em prol de favorecer a população da segunda maior cidade de Goiás.
Em prol de Aparecida, a Pedido de Maguito
Segundo o parlamentar, o pedido para a mudança lhe fora feita expressamente pelo então prefeito da cidade, Maguito Vilela, com a justificativa de elevar a autoestima da população do município e espelhar um novo momento na história da cidade, hoje não mais “uma cidade dormitório”. Para Martins, a justificativa é oriunda de que o nome atual “não é consenso entre os moradores do município, visto que proporciona uma identificação com Goiânia, impedindo a cidade de Aparecida de ter sua própria identidade”.
O decano da Assembleia Legislativa também enfatizou que a matéria, embora seja polêmica, representa o sonho de um grande benfeitor do município, Maguito Vilela. “No final, não serão os políticos que decidirão se haverá a mudança, mas a própria sociedade aparecidense”, enfatizando que o próprio prédio da prefeitura faz referência a apenas Aparecida e não Aparecida de Goiânia.
Visita do decano da ALEGO à Câmara de Aparecida
Durante sessão ordinária do Legislativo aparecidense no dia 15 de junho de 2023, a Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia deu carta branca para que o Ádeputado Paulo Cezar Martins (PL) possa realizar um plebiscito custeado pela ALEGO para junto à população aprovar qual deverá ser o topônimo do município em questão. A pauta dividiu opiniões entre os vereadores do município na sessão, o que demonstra ser mesmo o plebiscito a medida mais assertiva para tratar ao assunto da forma mais democrática e participativa possível: “Cabe ao povo a palavra final. Sou um político que sempre me curvei à opinião pública”, ressaltou o deputado.
No encontro, primeiramente, o presidente da Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia, André Fortaleza, cumprimentou Paulo Cezar pela iniciativa de ouvir da Câmara e pedir o apoio dos vereadores para que a consulta seja realizada. Disse que acompanha a trajetória política do deputado, movida pelo ideal de servir à comunidade, com determinação, honestidade e sensibilidade social.
O Deputado Paulo Cezar explicou que recebeu muitas críticas bairristas ao Projeto de Lei de mudança de nomenclatura da cidade, por ser natural de Quirinópolis (GO), mas explicou que seu objetivo é o desenvolvimento da localidade, estando, por isso, aberto a discutir com todos os interessados em prol do bem comum. Dentre os vereadores, que manifestaram, Gleison Flávio, lembrou que o cargo de Deputado Estadual fala em nome de todos os municípios do Estado, ao qual faz parte Aparecida de Goiânia.
Já o vereador Willian Panda, saudou o visionarismo político e administrativo de Maguito Vilela, testemunhando que se recorda de ter ouvido o mdbista ter defendido a ideia em palanque. O mesmo vereador relembrou que quando fora um povoado, a localidade chegou a se chamar "Aparecida", tendo, por isso, se posicionado favorável à mudança, porque a cidade ganhou vida e envergadura própria.
O líder do Prefeito, vereador Isaac Martins, apesar de ter elogiado a inclusão no Projeto em um plebiscito, antecipou ser, pessoalmente, contrário à mudança, pois que implicaria em gastos com alterações em documentos e estatutos. Sobre isso, Panda replicou que, nesses casos, a alteração do nome não tem imperativo retroativo e viria só nas novas licenças e documentos do tipo, sendo os cartórios obrigado a realizar as mudanças sem custos.
Por sua vez, os vereadores Marcos Miranda e Camila Rosa, afirmaram que o mais importante é deixar a população decidir, sem apresentar suas posições prévias como cidadãos. Já o vereador Roberto Chaveiro, citando fatores históricos, se posicionou contrário à mudança. O vereador Hans Miller, acrescentou que, apesar do nome cotidiano da cidade já ser "Aparecida", pode se criar ruídos de comunicação em matéria de transporte e distribuição de mercadorias, na qual, a cidade é um importante polo nacional.
Colocando os pingos no “i”s das “Aparecidas”
Lembrando que em Aparecida do Norte (SP), o “do Norte” é um complemento informal, e que na Paraíba, já existe também um município com nome “Aparecida” (PB), cabe salientar que, na prática, não existe cidades homônimas, já que para fins de correios, logísticas e informacionais, em relação a todo município brasileiro, deve constar um aposto especificativo, que é a sua unidade federativa -, no caso, da “nossa” Aparecida, “GO” -, sendo vedado somente 2 cidades de um mesmo Estado, terem nomes iguais. Nesse sentido, a mudança de nome em Goiás é uma medida válida de empoderamento simbólico, até porque, de fato, ela já é a forma mais corriqueira e carinhosa de denominação dessa cidade goiana tão relevante para o desenvolvimento industrial e comercial do Estado. Por não implicar em desvios de rotas e custos do executivo, se for a vontade popular, que seja bem-vinda o “Aparecida” à Aparecida (GO).