Nelore Brasil retira conta do Bradesco depois de polêmica
Além disso, a Estância Bahia Leilões anunciou o rompimento das relações financeiras com o banco
A Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB), conhecida também como Nelore Brasil, retirou toda sua movimentação financeira do banco Bradesco, migrando para o Banco do Brasil, depois de uma polêmica envolvendo a instituição. Em Carta Aberta, a entidade havia cobrado medidas mais eficazes do Bradesco e pede que “o banco invista em ações de comunicação realmente esclarecedoras sobre a produção de carne no Brasil, minimizando o prejuízo que suas ações recentes causaram”.
Esses prejuízos alegados pela ACNB se devem a uma campanha publicitária do Bradesco que defendeu, como iniciativa mais sustentável a redução do consumo de carne e adesão ao movimento Segunda Sem carne. No vídeo, a pecuária é associada à otimização dos gases de efeito estufa. “A criação de gado contribui para a emissão dos gases de efeito estufa. Então, que tal a gente reduzir o nosso consumo de carne e escolher um prato vegetariano na segunda-feira?”, diz a publicação.
De acordo com a Nelore Brasil, os Neloristas são responsáveis por 80% do rebanho brasileiro e mais de 90% da produção de carne bovina. A partir disso, exigem que a entidade financeira explique por que “tomou uma medida gratuita, agressiva e equivocada contra o setor produtivo da carne bovina” e como “autorizou a divulgação de um conteúdo que acusa a pecuária de ser apenas emissora de gás metano, esquecendo a captura de CO2 pela produção vegetal dos pastos”.
Além disso, a Estância Bahia Leilões anunciou o rompimento das relações financeiras com o banco Bradesco. “Em respeito à pecuária brasileira e indignados com o ato de insanidade do Bradesco, que viola os nossos mais de 40 anos de relacionamento bancário, retiramos 100% de nossa movimentação financeira da instituição”, diz o texto assinado pelo empresário Maurício Cardoso Tonhá, proprietário da Estância Bahia Leilões.