Pastor suspeito de pedir propina no MEC deve R$ 204 mil à União
Pastor Gilmar Santos é alvo da PGR por supostos pedidos de propina, que incluiriam até compra de Bíblias
Eduardo Barretto
O pastor Gilmar Santos, alvo da PGR por supostos pedidos de propina para facilitar acesso a recursos do Ministério da Educação, tem dívidas de R$ 204 mil com a União. Santos foi acusado por prefeitos de ter solicitado dinheiro e compra de Bíblias para destravar verbas da pasta.
O nome de Santos consta de registros da dívida ativa da União, mantidos pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. Dos R$ 204 mil, R$ 166 mil são de impostos federais não pagos. Outros R$ 38 mil vêm de débitos previdenciários.
Nesta quarta-feira (23/3), Gilmar foi acusado por dois prefeitos de pedir propina para vender facilidades no MEC, como mostraram os repórteres Daniel Gullino, Geralda Doca, Paula Ferreira e Patrik Camporez. Segundo os prefeitos Kelton Pinheiro, de Bonfinópolis (GO), e José Manoel, de Boa Esperança do Sul (SP), os pedidos variaram de R$ 15 mil a R$ 40 mil e incluíram compra de Bíblias.
Além das acusações dos prefeitos, Gilmar Santos foi citado pelo ministro da Educação, pastor Milton Ribeiro, em um áudio no início da semana. O ministro, também alvo da PGR, admitiu favorecer pastores na pasta a pedido de Jair Bolsonaro.