POLÍCIA: EX PRESIDENTE DE CLUBE DE FUTEBOL EM GOIÁS É SUSPEITO DE ENVIAR COCAÍNA PARA TRAFICANTES EM MINAS GERAIS

POLÍCIA: EX PRESIDENTE DE CLUBE DE FUTEBOL EM GOIÁS É SUSPEITO DE ENVIAR COCAÍNA PARA TRAFICANTES EM MINAS GERAIS
Foto: Divulgação

Na noite deste domingo, 20, o programa Fantástico da Rede Globo mostrou reportagem em que incluiu Tiago Dantas, conhecido como Tiago G10, como traficante e que está foragido.

Tiago é da região do Oeste Goiano, tendo já atuado na área política em Israelândia, chegou a ser cotado para se candidatar a deputado estadual, presidiu o Iporá Esporte Clube e se apresentava como da área do agronegócio.

A reportagem do Fantástico mostrou que se chegou a ele em uma grande investigação de tráfico de drogas com a prisão na Operação Balada do mineiro Marco Túlio Santos, o qual o citou como chefe de um esquema para abastecer o triângulo mineiro com drogas.

Tiago Dantas está foragido. Ele é citado como alguém que movimentou cinquenta milhões de reais em drogas. A reportagem relembrou que ele, antes de 2019, era padeiro, e que depois se tornou dono de muitos bens. Ele foi mostrado no Fantástico em cenas de ostentação financeira. A defesa de Tiago Dantas disse na reportagem que ele afirma não participar deste esquema de tráfico de drogas.

O que o Fantástico mostrou foi o resultado de uma investigação que revelou uma conexão entre a milícia do Rio de Janeiro e o tráfico de drogas no Triângulo Mineiro.

Só até setembro de 2022, quase 3 mil cargas foram levadas por criminosos no Rio de Janeiro. Esse cenário de violência tem outro lado criminoso. Segundo a Polícia Federal de Minas Gerais, as empresas eram praticamente forçadas a contratar o serviço de escolta armada. Caso contrário, seria grande o risco de roubo das mercadorias.

O policial militar Marcos Paulo Ferreira dos Santos é um dos líderes do esquema no Rio, segundo as investigações.

    "Existe uma condicionante, caso não haja esse tipo de segurança, dificilmente essas cargas vão chegar ao seu destino final”, diz o delegado da PF Renato Beni da Silva.

Na hora de oferecer a escolta, Marcos Paulo usa a posição de policial militar como atrativo.

    O sócio dele, segundo a investigação, é William de Oliveira Reis. De acordo com a apuração, além de sócio do PM, ligado às milícias do Rio de Janeiro e ao esquema de contratação de escolta ilegal, William também tinha parceria com o crime organizado no Triângulo Mineiro.

A Polícia Federal apura o envolvimento de criminosos em pelo menos oito estados. A estimativa é de que a organização criminosa tenha movimentado mais de R$ 1 bilhão.

Fonte: Oeste Goiano