Presidente do Sintego fala sobre reajuste de 33.24% para profissionais da educação
Negociações devem durar até o fim de fevereiro. Caso o repasse não seja feito, uma manifestação e possível paralisação são discutidas.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), Bia de Lima, falou em entrevista na manhã desta terça-feira (1/2) sobre o reajuste de 33.24% para os profissionais da educação. O percentual foi divulgado pelo Ministério da Educação (MEC).
A categoria já está há cerca de dois anos sem receber o reajuste e, mesmo assim, algumas prefeituras têm apresentado resistência em conceder o direito aos profissionais. “Nós estamos dialogando com o prefeito Rogério Cruz, com o governador Ronaldo Caiado e com todos os prefeitos do estado. Nosso propósito é fazer com que todas prefeituras e o estado cumpram com o reajuste anunciado pelo MEC.”, afirma a presidente.
Até o momento, apenas duas prefeituras confirmaram que farão o correto repasse aos trabalhadores, sendo as de Rio Verde e Uruaçu. Segundo a presidente, a luta é para que haja o repasse o percentual estabelecido pelo MEC, não um valor menor. “O professor é aquele que forma todos os outros profissionais e precisa ser valorizado.”.
De acordo com Bia de Lima, cerca de 100 mil profissionais podem ser beneficiados com o reajuste. “Em Goiás temos 12 mil efetivos, mais os contratos, temos os aposentados que estão garantidos pela lei, portanto temos cerca de 40 mil profissionais da rede estadual. Podemos chegar a 100 mil contando os professores dos municípios.”.
Possível paralisação
Durante a entrevista, a presidente ainda falou que o período de negociações com as prefeituras e governo é até o fim de fevereiro. Caso não haja cumprimento da medida, uma manifestação e, posteriormente, uma possível paralisação, poderá ser convocada.
“Decidimos que o período de negociações será durante este mês de fevereiro. Se até o final do mês não tivermos uma posição definida, nós vamos convocar uma assembleia para o dia 16 de março para organizar as manifestações e, caso não sejamos atendidos, outras possibilidades não são descartadas.”, enfatizou.
Eleições 2022
Questionada sobre a possibilidade de se candidatar ao cargo de deputada estadual nas eleições de 2022, Bia afirma que a pauta já foi discutida e seu nome já foi citado para representar à categoria na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).
“A categoria tem me cobrado muito, pois tem sido muito difícil não ter um representante da educação na Assembleia. Por esse motivo, a direção [Sintego], juntamente com a categoria, bateu o martelo que vão ter um nome e me perguntaram se eu toparia o desafio. Eu disse que sim”.