Projeto auxilia produtores rurais a alavancarem exportações

Projeto auxilia produtores rurais a alavancarem exportações
Foto: CNA

"Além do mais, fazemos para a empresa o portfólio virtual em 5 idiomas e oferecemos diversas capacitações", diz profissional da CNA

O AgroBR atua com foco na comercialização de produtos da agropecuária brasileira com potenciais compradores, além de fomentar a abertura de novos mercados no exterior. Desse modo, em Mato Grosso do Sul, com atendimento em relação à documentação e certificados, o projeto auxilia produtores rurais na exportação de fécula de mandioca, tapioca entre outros itens.
De acordo com as informações da CNA, Cada mercado possui uma exigência específica, seja de documentação, certificação de preparo do produto e/ou da empresa, além da adequação perante os órgãos competentes brasileiros. “O AgroBR com a equipe de consultores, te ajuda em todo esse passo a passo, além de te colocar em contato com oportunidades de negócios, seja através das nossas rodadas virtuais, missões empresariais ou vitrine virtual”, explica a coordenadora regional do projeto, Nathalia Alves.

“Além do mais, fazemos para a empresa o portfólio virtual em 5 idiomas e oferecemos diversas capacitações para o comércio exterior, de forma gratuita, já que o projeto é apoiado pela CNA e Apex Brasil”, acrescenta.

Fécula de Mandioca
De acordo com o Ministério da Economia, Mato Grosso do Sul foi o segundo maior estado exportador de fécula de mandioca em 2021. Tendo um valor de US$ 8,3 milhões, atrás apenas do Paraná com US$ 9,2 milhões, o que corresponde a 32% do total exportado. Os principais destinos foram: Estados Unidos, Paraguai, Espanha, Colômbia e Bolívia.
O Paraná, por sua vez, além de ter destinos similares, exportou em 2021, US$ 1,8 milhões de dólares para África do Sul e US$ 326 mil para o Chile e Portugal, enquanto Mato Grosso do Sul exportou US$ 2,8 mil dólares para Portugal e não exportou para o Chile em 2021.

Tapioca
Ainda que a tapioca represente um valor muito menor se comparado à fécula, o estado também ganha destaque. Mato Grosso do Sul liderou as exportações brasileiras com um total de US$ 1,7 milhões, valor que representa 38% da comercialização.

Os Estados Unidos são um dos principais destinos das tapiocas, com US$ 1,1 milhões, seguido pelo México com US$ 473 mil e Equador com US$ 91 mil.

Limão
Segundo a coordenadora do AgroBR em MS, Nathalia Alves, existe no estado potencial para produção e exportação de limão. “Embora precise desenvolver a infraestrutura, o estado tem condições de evoluir neste sentido, ainda mais com o crescente aumento da produção de limão taiti”, afirma, conforme divulgado pela equipe da CNA.

No ano passado, o Brasil exportou US$ 125 milhões, tendo como principais destinos: Holanda, Reino Unido, Espanha, Rússia, Alemanha e Argentina, além de outros países vizinhos como o Uruguai, que comprou US$ 276 mil de limão in natura em 2021.

Goiaba
A fruta também tem um potencial, é uma possibilidade a ser explorada por Mato Grosso do Sul, já que em 2021 o Brasil exportou cerca de US$ 1 milhão em goiaba, tendo como principais destinos os países Reino Unido, França, Canadá, Holanda e Portugal.

Exportações
Segundo o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), o agronegócio de Mato Grosso do Sul, até setembro de 2022, exportou US$ 5,98 bilhões. O valor representa um aumento de 15% se comparado ao mesmo período do ano anterior, que foi de US$ 5,19 bilhões.

Apenas em setembro, o estado comercializou US$ 644,3 milhões. O que representa aumento de 32% em relação ao mesmo mês de 2021.

Entre os principais produtos exportados em 2022, o complexo de soja representou 45% do faturamento; seguido de carnes com 21%; produtos florestais com 19%; cereais, farinhas e preparações com 9%; complexo sucroalcooleiro com 4%; couros, produtos de couro e peleteria e demais produtos de origem animal, ambos representando 1%.
A China foi o principal destino das comercializações com 56% do volume exportado.

O país também foi responsável por 28% das aquisições da carne de Mato Grosso do Sul; na sequência, o Chile com 13%; e o Japão com 10%; além de produtos florestais com 53% das exportações para a China, 11% para a Itália e 9% Países Baixos.

Quanto aos cereais, farinhas e preparações, 34% foram destinados ao Irã e 32% ao Japão. O complexo sucroalcooleiro também destinou 21% das exportações para a China, 16% para os Países Baixos (Holanda) e 11% para a Rússia.

Quanto às comercializações referentes a couros, produtos de couro e peleteria; 41% tiveram como destino a China; 35%, a Itália e 11% a Índia. Os demais produtos de origem animal tiveram o Vietnã como principal comprador, com 26%; seguido pelos Estados Unidos com 25%, Chile com 15% e Alemanha com 11%. (POR CANAL RURAL)