Saúde: Secretário Amilton Fernandes responde questionamentos sobre Covid-19 na Câmara
Em reunião realizada no último dia (14/04), no plenário João Justino de Oliveira, o secretário Municipal de Saúde, Amilton Fernandes Prado, atendendo a convite feito por todos os vereadores, respondeu a vários questionamentos a respeito do enfrentamento à pandemia de Covid-19 no município.
Estiveram presentes os vereadores Marina Silveira (presidente), Alessandra do Adote, Abimael Silva, Carlinhos Canzi, Deuzair Parente, Marcos Patrick, Genilson Santos e Vicente Mantelli. O vereador Durval Júnior participou por videoconferência.
Amilton Prado declarou que as medidas mais importantes tomadas pela atual gestão em seus três primeiros meses, relativamente à pandemia, foram a reabertura da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) com equipe completa (dois médicos 24 horas por dia e sete dias por semana), a abertura de todas as unidades de saúde, a realização de exames e o início da vacinação contra o vírus Sars-CoV-2, causador da Covid-19.
Quanto ao Hospital das Clínicas Dr. Serafim de Carvalho, que foi estadualizado na gestão municipal anterior, Prado informou que propôs ao secretário Estadual de Saúde que a população jataiense tivesse prioridade na regulação, mas o pedido foi negado. O HC atende a diversos municípios da região. “Começamos a discutir a possibilidade de gestão compartilhada entre município e Estado, pois atualmente Jataí não manda mais na unidade”, declarou.
Questionado sobre a possibilidade de transformação da UPA em hospital municipal, o secretário afirmou não ser o caso. “É inviável abrir qualquer hospital com menos de 50 leitos”, afirmou. “A UPA não tem estrutura para ser transformada em hospital”. Ele também descartou a construção de um hospital de campanha alegando que a atual estrutura atende a demanda por tratamento contra o novo coronavírus.
Prado lastimou a falta de comunicação entre a Fundahc (Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da UFG), a OS (organização social) que gere o antigo Centro Médico, e a UPA. Ele relatou casos de pacientes encaminhados pelo HC para que fizessem exames de Covid-19 na UPA, mas a unidade não realiza esse tipo de teste.
Em relação às cirurgias eletivas, todas estão suspensas devido à carência de leitos, hoje totalmente ocupados devido à pandemia. O secretário respondeu, porém, que elas dependem completamente da regulação do Estado ou são reguladas para o hospital Padre Tiago.
A respeito de tratamento precoce, Prado afirmou que, de acordo com a ciência, ainda não existe droga com eficácia comprovada para tratamento da Covid-19. Quanto aos medicamentos que muitas pessoas vêm usando, ele aconselha que sejam ingeridas somente com prescrição médica. “Toda droga tem efeitos colaterais; a diferença entre o remédio e o veneno é a dose”, afirmou. “Por isso a necessidade de acompanhamento médico”. Ele informou ainda que a Secretaria Municipal de Saúde não possui os chamados “kits Covid” em estoque.
A compra de vacinas pelo município depende da revisão da lei, que prevê ser esta uma responsabilidade da União, afirmou o secretário. “Se não houver mudança na lei no Congresso Nacional, toda vacina que for adquirida no país deve ser entregue ao Plano Nacional de Imunização (PNI)”, disse ele. “Se a vacina Sputnik for liberada, penso que o governo federal vai comprar, mas fui a favor da ação dos municípios, Jataí incluído, de buscar o imunizante, caso a União não a adquira”.
Sobre o ritmo da vacinação em Jataí, o secretário garantiu que o processo é paralisado somente quando não há estoque de imunizantes na rede de saúde. “Quando chega vacina, ela não fica no freezer”, afirmou. “Imediatamente agilizamos a aplicação e, no momento, estamos aguardando uma nova remessa por parte do Plano Nacional de Imunização”.